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Modalidade de investimento tem tudo para pegar no Brasil, onde há a cultura de amor ao esporte e o gosto por apostas. Veja como se tornar um trader

O brasileiro adora esporte e adora apostar. A conjugação dessas duas paixões está impulsionando uma nova modalidade que tem tudo para pegar por aqui. Trata-se do trading esportivo. Ainda pouco conhecido no País, essa modalidade de investimento consiste em operações de compra e venda realizadas na bolsa esportiva. A britânica Betfair Group PLC, fundada em 1999, é a maior referência nesta categoria de trading no mundo.

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A seleção brasileira de Tite representa um bom investimento nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018
Mowa Press
A seleção brasileira de Tite representa um bom investimento nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018

“O trading esportivo é uma mistura de apostas esportivas online com o mercado de ações, porém mais flexível que as apostas e menos complexo que o mercado de ações”, explica Juliano Fontes , trader esportivo há mais de dez anos, responsável pelo site Investimento Futebol e líder da principal comunidade de discussão sobre o assunto no Brasil.

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A ideia é fazer com que o fã de esportes se divirta e lucre com sua paixão. Pode ser tênis, MMA, vôlei ou futebol que, em termos de Brasil, ostenta o maior engajamento dos traders. “Possui mais de 60% da liquidez total das bolsas. Os motivos são a paixão pelo esporte e a facilidade dos investimentos”, observa Fontes.  Para o especialista, é justamente o futebol que faz com que essa modalidade de investimento seja tão atraente para o brasileiro que “ama futebol e já tem uma tendência de apostar, como vemos nas loterias do governo ou até mesmo no jogo do bicho”, relaciona. “O trading esportivo possui melhor rentabilidade e depende das habilidades do investidor, além de ser possível fazer trading em qualquer esporte desde que tenha liquidez”.

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Investir não é apostar

Nas apostas esportivas "tradicionais", argumenta Fontes, a pessoa aposta que determinado time pode ganhar o jogo. Se o apostador ganhar, o site de apostas paga um lucro, configurando o prejuízo do site, mas se o time do apostador não ganhar, ele perde o dinheiro para o site. Aquela lógica de que se aposta contra a casa, ou cassino.

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Juliano Fontes lidera a comunidade de trading esportivo no Brasil
Divulgação
Juliano Fontes lidera a comunidade de trading esportivo no Brasil

No trading, o investidor aposta contra outras pessoas durante o jogo e o mais interessante é que ele pode se desfazer de sua aposta ao longo do jogo, com lucro ou prejuízo, dependendo se a aposta teve uma tendência de ser vencedora ou não. Ou seja, se o time da sua aposta faz um gol, sua aposta se valoriza e você pode vendê-la com lucro, não dependendo do resultado final do jogo.

Para Fontes o trader acionário geralmente consegue se adaptar com facilidade ao trading esportivo, mas esse conhecimento prévio não é necessário. Mesmo quem nunca investiu em ações tem total condições de se inserir nesse mercado.

Fontes resiste às comparações entre apostas online e trading. “Nas apostas você depende do resultado final do jogo e está mais suscetível a falhas dos times e jogadores”, expõe. “No trading, você monta estratégias e fica com dinheiro exposto no mercado por poucos minutos, minimizando riscos, criando estratégias ao longo do jogo e gerenciando seu capital. Em resumo, o trading é uma modalidade de investimentos que tem mais relação com técnica e leitura do jogo, e menos com aposta”.

Para aqueles que ficaram interessados em testar suas habilidades, Fontes recomenda estudo, disciplina e calma. “O trading esportivo é uma modalidade de investimentos em que é necessário menos capital para começar, mais simples que a bolsa de valores e mais justa do que apostas comuns”, orienta. Para o consultor, um bom montante para começar corresponde a R$ 300. Mais importante do que o capital inicial, no entanto, “é não se deixar levar pela emoção”.

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