Anthony Clark, da Califórnia, foi condenado por hackear esquema de moedas da FIFA; de acordo com a Justiça americana, EA teve prejuízo de R$ 54 mi
O americano Anthony Clark, da Califórnia, foi condenado pela Justiça dos Estados Unidos por hackear o FIFA e causar um prejuízo milionário à EA, produtora do game.
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Clark foi considerado culpado por hackear um esquema de moedas do FIFA, o dinheiro usado no game e em transações do Ultimate Team, um dos modos de jogo online. De acordo com o FBI, o hack gerou um prejuízo de cerca de US$ 16 milhões (R$ 54 milhões) à EA.
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Além do americano, também estão envolvidos Nick Castellucci, 24, de Nova Jersey; Ricky Miller, 24, do Texas; e Eaton Zveare, 24, da Virgínia. Todos se declararam culpados. Clark foi o único julgado até agora – e condenado –, mas sua sentença só será dada em fevereiro.
Esquema milionário
Segundo o FBI, o esquema dos hackers funcionava a partir de um software que se logava simultaneamente em milhares de partidas. Com isso, a EA creditava a Clark e aos outros usuários moedas obtidas ilegalmente de jogos que nunca existiram.
Depois de adquirirem as moedas, o grupo vendia os créditos para outras pessoas, que também os venderiam para outros jogadores. O dinheiro virtual poderia ser usado para comprar jogadores para um time, liberar conteúdos exclusivos e outros benefícios.
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A polícia federal americana acredita que o esquema começou em 2013 e seguiu até setembro de 2015, quando foi interceptado, e envolvia hackers na China e na Europa.
Problemas repetidos
Esta não é a primeira vez que a EA vai à Justiça contra hackers. Em setembro, o youtuber britânico Nenpethez foi indiciado por promover apostas envolvendo moedas do FIFA. Ele foi ouvido pela Justiça do Reino Unido e afirmou que não era culpado. O julgamento continuará em fevereiro, quando a corte ouvirá todos os envolvidos.
A EA afirma que comprar moedas do FIFA ou contas já carregadas com moedas de terceiros os termos de uso do game e pode acarretar no banimento dos jogadores.