Febre, coisa do demônio, instrumento da CIA... Desbravamos o "Pokémon GO"

Mesmo que não tenha jogado, você certamente foi afetado pela febre "Pokémon GO", que fez todo mundo andar pela rua com os olhos no celular
Foto: POKÉMON GO / DIVULGAÇÃO
Pokémon GO é febre e gera polêmicas

 Em junho deste ano, a Nintendo em parceria com a Niantic Labs revolucionou a forma como interagimos com nossos smartphones, com o lançamento do mundialmente esperado “Pokémon GO”, o game de realidade aumentada .

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Liberado de forma escalonada, o Japão foi o primeiro país a ter acesso ao “ Pokémon GO ” (não é para menos, afinal as desenvolvedoras são sediadas em terras nipônicas), seguido de Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia, Alemanha, Reino Unido, Portugal, Itália, Espanha, Áustria, Bélgica , Bulgária, Croácia, República de Chipre, República Checa, Dinamarca, Estonia , Finlândia, Grécia, Groenlândia, Hungria,  Islândia, Irlanda, Letonia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Noruega, Polônia, Romênia, Eslováquia, Eslovênia, Suécia, Suíça e tantos outros. No Brasil, o app foi liberado oficialmente no dia 3 de agosto.

Foto: AFP
Pokémon Go

Funciona assim: você instala o app – disponível gratuitamente para iOS e Android (e sem previsão de chegada ao Windows Phone) – , cria uma conta e sai jogando. Conforme o jogador vai andando na rua – existe uma interligação entre o app e o GPS do celular –, os monstrinhos de bolso vão aparecendo no mapa e você pode capturá-los. Para isso, você tanto pode capturar o Pokémon com um fundo do game ou ativar a câmera do smartphone e procurá-lo ao seu redor. Para captura-lo, é necessário o uso de Pokébolas.

Depois de capturado, ele é armazenado e você pode consulta-lo em sua Pokédex. Para adquirir mais itens, como Pokébolas, o jogador deve ir até uma das Pokestops espalhadas pela cidade (é recomendado ter cuidado, há alguns pontos de reabastecimento em locais de segurança questionável).

Polêmicas

Pouco depois do lançamento do game, já havia uma polêmica envolvendo o game circulando nas redes. Matheus Guide, um usuário do facebook, fez um post com dados que ele afirma ter obtido após uma rápida pesquisa, e explicou porque, na visão dele, o game poderia ser uma conspiração para conseguir informações pessoais, fotos e coordenadas geográficas.

Apesar de ter recebido várias críticas, a Nintendo não removeu dos Termos de Uso a cláusula em que afirma colaborar com órgãos governamentais e repassar os dados dos usuários em algumas situações, como proteção do patrimônio da empresa, identificar e punir atividades ilegais, entre outros. Também afirmou que as informações do jogador são coletadas e armazenadas, mas não deixa claro qual a destinação que a Nintendo dá para tais dados.

Além disso, muitos usuários notaram que, logo após o lançamento de “Pokémon GO” no Brasil, dentre as permissões que o app pedia estava ter acesso à conta do Google. Notificada, a Nintendo comprometeu-se a remover esse requisito. Outros jogadores, no entanto, afirmam que o app “Pokémon GO” pede menos dados pessoais que o Facebook.

Como tudo que faz muito sucesso, “Pokémon GO” também incomodou alguns religiosos. É o caso do pastor norte-americano Rick Wiles. Ele acredita que o game é um instrumento do demônio para corromper bons cristãos e destruir igrejas. “Esses Pokémons são como cyber-demônios. Acredito que essa coisa é um ímã para os poderes demoníacos”, afirmou em um programa de rádio.

Pokémons em locais inapropriados também causaram polêmica, como a presença de um monstrinho que emite gás tóxico no Museu do Holocausto. “Jogar ‘Pokémon GO’ em um monumento dedicado às vítimas do nazismo é muito pouco apropriado. Estamos tentando fazer com o que o museu seja retirado do game”, contou Andrew Hollinger, chefe de imprensa do Museu, à Entertainment Weekly.

Um caso parecido aconteceu no Memorial do 11 de Setembro, nos Estados Unidos.

Acidentes

Outro ponto que levou o game a receber críticas, foi a quantidade de acidentes causados por jogadores distraídos e as loucuras que eles fazem para capturar os monstrinhos de bolso da Nintendo. Não faltam exemplos de casos de pessoas que se envolveram em situações perigosas enquanto jogavam.

 Há jogadores que foram atropelados enquanto caçavam Pokémons, caíram em buracos, atropelaram pedestres, foram assaltados, caíram de falésias, há até um jogador que invadiu uma base militar enquanto jogava (e acabou preso)... Mas também há casos inusitados, como a jovem americana que, ao descer à beira do rio Big Wind para capturar um Pokémon aquático, encontrou um cadáver. A adolescente contou à rede americana de notícias CNN que, se não fosse por causa do game, jamais teria ido até o local.

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Como forma de tentar resolver isso, a Nintendo adicionou dois avisos ao game. Um diz que o jogador deve ter cuidado e não jogar em locais perigosos, e outro é exibido quando o GPS do celular acusa que o jogador está em uma velocidade maior que 5km/h, e o jogo só é liberado quando ele afirma que é um passageiro.

Esquisitices

Foto: Reprodução
O personagem Diglett aparece em uma série de fotos em posições, no mínimo, inesperadas

Qual seria o cenário mais inapropriado para capturar um Pokémon? A sala de parto em que a sua esposa está dando a luz. Foi isso que aconteceu com Jonathan Theriot, que capturou um Pidgey no quarto em que sua esposa estava dando a luz. Em entrevista ao site americano BuzzFeed, ele explicou que estava com a esposa Jessica na sala em que ela estava sendo preparada para o parto, quando recebeu a notificação de que havia um monstrinho na sala. Ele afirma que mostrou à esposa, tirou um print, capturou o Pokémon e então, entregou o celular a ela.

As esquisitices envolvendo o app do momento “Pokémon GO” não param por aí! Alguns jogadores têm usado o game para enviar nudes , aproveitando-se do formato sugestivo de alguns Pokémons (como é o caso do Diglett). Um fórum do Reddit, intitulado “Pokémon GO NSFW”, reúne as imagens tiradas em momentos inapropriados.

Pokestops da Zueira

Foto: Reprodução/Youtube
Pokestop 'Sereia Monoteta', de 'Pokémon GO'

Há muitas Pokéstops em grafites e esculturas a que o app atribuiu nomes engraçados, como “Dia Difícil” (para uma estátua que representa duas figuras humanas cabisbaixas), “Sereia Monoteta” (a um grafite de uma sereia com apenas um seio) e “Igreja Cada um no seu Quadrado” (trata-se de uma unidade da Igreja Quadrangular do Reino de Deus – várias igrejas são Pokestops).

Cemitérios também não escaparam da onda. Muitos deles tem se tornado quase um ponto de peregrinação para os jogadores, que vão em busca de pokébolas e outros itens. Muitas pessoas, porém, criticam a atitude e afirmam que esses locais são sagrados e merecem todo o respeito.

E você? Tem alguma Pokestop engraçada perto da sua casa ou sabe de algum caso inusitado que aconteceu enquanto jogava “Pokémon GO”? 

Link deste artigo: https://igames.ig.com.br/2016-08-26/pokemon-go.html